Segue abaixo o texto publicado pelo Prof. Dr. Darcy Zibetti, Presidente da UBAU, no Jornal “O INFORMATIVO DO VALE”, de Lejeado-RS, edição de terça-feira, 3 de novembro de 2015, p. 06.
O meio ambiente e o aproveitamento econômico dos resíduos animais
Darcy W. Zibetti – Presidente da UBAU
A Região do Vale do Taquari, caracteriza-se como região produtora de aves, suínos e gado de leite e seus derivados.
A cadeia produtiva é resultado de um contrato de integração de uma empresa comercial ou cooperativa com os produtores rurais.
Cada parte assume seus compromissos. O produtor rural vinculado com empresa ou cooperativa tem a garantia da comercialização de sua produção. No entanto, surge um problema: os resíduos animais ficam
a cargo do produtor rural. O produtor rural tem, sob sua responsabilidade, os resíduos animais que formam o chamado “passivo ambiental”. Como resolver este problema?
Este tema foi objeto do II Simpósio Agrarista promovido pela Ubau-Univates, nos dias 21 e 22 de outubro de 2015.
O químico francês Lavoisier dizia que “na natureza, nada se cria, nada se perde e tudo se transforma”. No evento agrarista foram apresentadas experiências de transformação desses resíduos animais em fertilizantes, biogás e energia. No entanto, a universalidades de produtores não é atendida. Fica com o “passivo ambiental”, em casa, vale dizer, na sua propriedade, tornando-se um problema ambiental grave.
Pergunta-se: as empresas de integração comercial e ou cooperativas com o produtor não têm a responsabilidade da solidariedade jurídica com o passivo ambiental?
Não deveriam se organizar e recolher esses resíduos, dando-lhes um aproveitamento econômico?
Ou, será necessário criar-se outra empresa, ou outra cooperativa, ou um consórcio de empresas e cooperativas para recolher os resíduos animais e agroindustrializá-los?
A questão está posta e exige uma solução, porquanto o Meio Ambiente é um direito e um dever do Estado e todos.
