UBAU presta homenagem à Comissão Nacional das Mulheres Agraristas pelo Dia Internacional da Mulher

É com entusiasmo que a UBAU neste ano presta homenagem à Comissão Nacional das Mulheres Agraristas da UBAU (CNMAU) pelo Dia Internacional da Mulher. A associação reconhece a importância das agraristas para o contínuo desenvolvimento das atividades desenvolvidas e aprimoramento do estudo do direito agrário e agrarismo.

Nas palavras do Presidente da UBAU Dr. Darcy Zibetti: “A Comissão Nacional das Mulheres Agraristas da UBAU darão corpo e alma aos ideais Agraristas: Amizade, Direito Agrário e Agrarismo.”

A CNMAU foi criada no final de 2019 e conta com agraristas das 5 regiões do país, espalhadas por 11 estados diferentes e, apesar de recente a comissão e da distância entre as integrantes, já promoveram diversas reuniões online para debater planos e objetivos de trabalho a serem desenvolvidos no ano de 2020. A expectativa é que as mulheres marquem bastante presença nos eventos jurídicos e do agronegócio, representando os interesses da UBAU e da pauta feminina no país.

A Presidente da CNMAU Dra. Roberta Melo sempre destaca a importância da comissão no cenário nacional e incentiva a participação de todas as associadas, pois entende que as agraristas da UBAU têm “um mundo de oportunidades nesse país, porque formam o primeiro grupo feminino de direito agrário nacional. E a melhor forma de conquistar mais associadas é o próprio sucesso! E não tem dúvida que a comissão já deu certo, por toda união, esforço e conquistas!”.

As interessadas em fazer parte da Comissão Nacional das Mulheres Agraristas da UBAU podem enviar e-mail para secretaria.cnmau@gmail.com para mais informações.

A seguir, conheça um pouco da história de vida de algumas das integrantes da CNMAU e que estão promovendo o agrarismo pelo Brasil.

• Nome? R: Ana Carolina Milani Fett
• Região? R: Santiago/ RS.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: A convivência familiar com o ambiente rural proporcionou naturalmente que eu tivesse tendência a atuar nesta área do direito.
• Qual o envolvimento com o agronegócio? R: A atividade da agropecuária vem desde meus ancestrais, até chegar à minha geração, bem como as circunstâncias de onde nasci e de onde fui criada permitiram com que eu desse continuidade a essa importante atividade, não só como produtora rural mas também como advogada, atuante nesta especialidade.
• Tem produção agropecuária? R: Sou produtora rural e junto com meu marido trabalhamos com pecuária de corte.
• Há quanto tempo atua na área? R: Atuo na área do direito rural desde 2007, e tive a oportunidade de me especializar em direito agrário e ambiental com ênfase ao agronegócio em 2015, pela I-uma (Presencial/Porto Alegre).
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Discorri a respeito de direito ambiental e direito tributário rural (ITR) nos trabalhos de conclusão de curso na graduação e na pós graduação.
• Conte uma dificuldade e uma experiência gratificante na área do agronegócio. R: A dificuldade é se deparar com órgãos julgadores, magistrados e desembargadores, que pouco dominam o direito agrário e/ ou o direito ambiental, muitas vezes não possuindo qualquer vivência ou sensibilidade no que tange a realidade do agronegócio. Isso acaba por gerar grandes desafios em busca de uma defesa eficiente e equânime. Neste sentido é que surgem as experiências gratificantes, quando se consegue atingir o Bom Direito e a Justiça do que se espera, para o caso concreto, após tantas dificuldades. Em que pese os desafios terem sido grandes, as vitórias foram maiores! Em dezembro de 2019, obtive a extinção de créditos tributários ilegais de ITRs, autuados pela Receita Federal.
• Por que se associou A UBAU? R: Tive o privilégio de fazer parte da primeira turma da especialização em direito agrário e ambiental focado ao agronegócio da UNIP, extensão presencial, em Porto Alegre. Juntamente com colegas e professores, fiz parte do nascedouro da entidade, sendo uma das sócias fundadoras da UBAU. Tal engajamento é de extrema relevância, considerando a importância em consolidar o direito agrário não só nas universidades do Brasil e do mundo, mas também levar a matéria e as discussões pertinentes ao tema até os mais variados ramos de ensino entrelaçados ao meio rural.

• Nome? R: Ana Cristina Leinig de Almeida;
• Região? R: Palmas, sul do Paraná;
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Em 2017 eu e meu sócio profissional e pessoal, Paulo Roberto Kohl, fundamos o escritório Kohl & Leinig Advogados Associados, escritório que já nasceu com o foco no Direito Agrário e demais ramos afins ao agronegócio. Em especial, a minha área de atuação é em direito de família e sucessões, pois tenho experiência na área, por ter trabalhado no Tabelionato de Notas por 7 (sete) anos;
• Qual o envolvimento com o agronegócio? R: Meus antepassados todos eram agricultores e pecuaristas. Atualmente temos uma chácara com plantação de amoras;
• Há quanto tempo atua na área? R: Há 3 anos, desde o ano de 2017;
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Tenho um livro publicado em 2018, em coautoria com diversos colegas do direito agrário: O Direito Agrário nos trinta anos da Constituição de 1988: estudos em homenagem ao Professor Dr. Darcy Walmor Zibetti, pela editora Toth. E ainda alguns artigos publicados em nosso blog do escritório;
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Para a advocacia creio que a maior dificuldade é demonstrar ao cliente a importância da prevenção, principalmente aos produtores rurais mais antigos. Estes, na maioria dos casos nos procuram quando o problema já aconteceu, apenas para “apagar o incêndio”. Percebo que muitas vezes eles não tratam a propriedade como uma empresa, por isso não vislumbram a importância da prevenção, a importância de se contratar um advogado para acompanhar as negociações e elaborações de contratos. Percebo que as negociações, envolvendo milhões de reais, ainda são feitas de forma verbal. Vemos que eles não possuem a visão do quanto economizarão, e evitarão problemas caso houvesse um bom assessoramento jurídico;
• É uma experiência gratificante? R: Trabalhar com o direito agrário, com o agronegócio é muito gratificante, é algo que remete aos meus antepassados, me traz muitas lembranças boas. Além disso, é extremamente gratificante criar uma tese e demonstrar ao Juízo uma perspectiva diferente, uma visão sob outro prisma, e convencê-lo a acolher um real direito do nosso cliente. E no direito agrário e do agronegócio há muito o que desenvolver no que diz respeito ao estudo e criação de novas visões. Houve um caso em que defendemos o arrendatário, havia uma liminar de despejo em seu desfavor, com pagamento de multa, mas conseguimos criar algumas teses e demonstramos o direito de nosso cliente, conseguindo reverter tal situação. Um caso de muito sucesso, que certamente mudou a vida do nosso cliente. Fazer uma advocacia artesanal, em que criamos aos poucos as teses para salvaguardar o direito dos nossos clientes é o que me motiva.
• Por que se associou a UBAU? R: Porque é uma entidade de renome no Brasil, ligada à UMAU, outra entidade referência mundial nos estudos do direito agrário. É preciso investir para que tenhamos a devida aplicação do direito agrário no nosso dia a dia, pois o agronegócio está em franco desenvolvimento e expansão em nosso país. Temos que facilitar todas as relações, propiciando, desta maneira, um agronegócio mais dinâmico, beneficiando a economia do país. Ao me associar na UBAU, pretendo contribuir com o estudo do direito agrário, para que se torne uma disciplina eletiva em nossas universidades. Além disso, também pretendo desmistificar o direito agrário e o agronegócio, que muitas vezes é taxado como vilão. E claro, demonstrar a força da mulher no Direito Agrário e no Agronegócio, ao participar da Comissão das Mulheres Agraristas da UBAU. Como diz nosso presidente Dr. Darcy Zibetti: “estudar direito agrário é preciso!”

• Nome? R: Andrea Luzia de Faria Oliveira.
• Região? R: Alto Paranaíba em Minas Gerais.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Sempre tive interesse de trabalhar com esse segmento da economia e desde o inicio da minha advocacia sempre trabalhei, tanto pela experiência como agricultora e também pela cidade que atuava ter sua economia voltada para tal segmento. Em 2013 após assistir algumas palestras voltadas para o segmento do Agronegócio, resolvi segmentar minha advocacia para esta área e passei, inclusive, a trabalhar com governança corporativa, já que a minha experiência me mostrou que uma gestão eficiente pode salvar um negócio.
• Qual o envolvimento com o agronegócio? R: Sou filha e neta de agricultores. E também já fui agricultora, na região sul de MG, lidando com as culturas de café e milho. No mesmo período, também trabalhei com pecuária leiteira.
• Há quanto tempo atua na área? R: Exclusivamente para o segmento do agronegócio a partir de 2013.
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Tenho vários artigos publicados em revistas, sites e blogs do segmento do agronegócio.
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Em 2003, em razão de problemas climáticos, doenças na lavoura e por falta de incentivo do Governo Federal para o desenvolvimento da atividade rural, tive toda a minha produção de milho frustrada, além disso, na mesma época, o preço do leite também estava muito baixo e não compensava financeiramente continuar com a produção. Por essa razão, me restou apenas vender minha propriedade rural. Acredito que a minha falta de experiência porque tinha apenas 27 anos de idade e de uma gestão eficiente poderiam ter salvado o meu negócio.
• É uma experiência gratificante? R: Sim.Tenho inúmeras como consultora e advogada, como por exemplo orientar e auxiliar meus clientes agricultores a fazerem bons negócios, bem como ter êxito em disputas judiciais, em especial, nas aposentadorias rurais tanto para pequenos agricultores quanto para lavradores.
• Por que se associou a UBAU? R: Me associei por se tratar de uma entidade importante para o direito agrário brasileiro.

• Nome? R: Anna Paula Cechella;
• Região? R: Rio de Janeiro e Rio Pardo-RS.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Quando assumi a administração da propriedade rural da minha família.
• Qual o envolvimento com o agronegócio? R: Arrendamos a propriedade para soja, arroz e pecuária.
• Há quanto tempo atua na área? R: Há 12 anos.
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Já tive algumas publicações na área de direito ambiental.
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: A maior dificuldade até hoje foi conseguir despejar um ex-arrendatário que cometeu várias infrações contratuais e, após o término do contrato, não queria deixar a terra.
• É uma experiência gratificante? R: A experiência mais gratificante foi despachar com o juiz do processo e conseguir a liminar que decretou o despejo, sendo esta posteriormente confirmada pelo TJRS.
• Por que se associou a UBAU? R: Porque estudar direito agrário é preciso!

• Nome? R: Caroline Fensterseifer Mattioni.
• Região? R: Missões, noroeste do Rio Grande do Sul.
• Qual o seu envolvimento com o agronegócio? R: Sou advogada especialista em Direito Agrário e Ambiental e filha de produtores rurais.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Por influência dos meus pais, comecei a cursar especialização em Direito Agrário e Ambiental. Durante o curso, além da falta de profissionais especializados atuando na área, vi a oportunidade de aliar a minha formação (Direito) às minhas raízes: o meio rural.
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Por ser uma área tradicionalmente masculina, ainda há um desconforto com a presença feminina em determinados ambientes, o que faz da nossa atuação no setor um desafio.
• É uma experiência gratificante? É uma enorme satisfação poder conviver e defender os direitos dos produtores rurais, podendo contribuir com suporte jurídico.
• Por que se associou a UBAU? R: Por convite do vice-presidente da associação, Albenir Querubini, bem como pelo privilégio de poder fazer parte dessa importante entidade e contribuir para o desenvolvimento do estudo de temas relativos ao agronegócio.

• Nome? R: Crisley Scapini.
• Região? R: Planalto Médio e Alto Jacuí, principalmente Passo Fundo e Ibirubá, Rio Grande do Sul.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Desde minha infância estive inserida no setor produtivo/industrial e do agronegócio em virtude da profissão do meu pai e, após cursar a Faculdade de Direito e a especialização de Contratos, tive a oportunidade de trabalhar em um escritório de advocacia responsável pela demanda de algumas cerealistas do nosso Estado. Hoje, com escritório próprio, mantenho meu trabalho dedicado ao agronegócio e aos seus setores.
• Qual o envolvimento com o agronegócio? R: Ele ultrapassa a minha profissão (sou advogada especialista em Contratos e Responsabilidade Civil, além de estar cursando Especialização em Direito Agrário e Agronegócio), atuo administrativamente na empresa de minha família (comercialização de implementos agrícolas) e sou casada com um agrônomo/produtor rural.
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: A dificuldade ainda é conquistar o espaço profissional em um segmento tão masculinizado. Contudo, estamos conseguindo transformar esse conceito com qualidade técnica e eficiência.
• É uma experiência gratificante? R: Com certeza. Desempenhar a advocacia no agronegócio é sinônimo de contribuição com os clientes, parceiros e amigos, bem como com a própria sociedade, haja vista o dever de informar sobre a relevância e influência do agronegócio na vida e no meio ambiente.
• Por que se associou a UBAU? R: Pelo incentivo de uma amiga e colega de profissão, integrante da UBAU, que me apresentou a importância dessa União.

• Nome? R: Eliane Dalossio Fornari.
• Região? R: Chapadão do Sul/MS.
• Qual o seu envolvimento com o agronegócio? R: Sou filha de pecuarista e eu e meu marido plantamos soja e braquiária. Há oito anos atuo como palestrante e treinadora comportamental e nos últimos 3 anos com foco no Agronegócio. Decidi investir e colocar em prática todos os meus conhecimentos na neurociência, comportamento humano, inteligência Emocional, mecânica quântica, para atender pessoas.
• Qual experiência gratificante teve na área do agronegócio? R: Sou considerada a primeira Treinadora Comportamental de Inteligência Emocional do Agronegócio.
• Por que se associou a UBAU? R: Conheci a Dra. Roberta, Presidente da CNMAU, e ela me convidou para fazer parte da associação.

• Nome? R: Heloísa Bagatin Cardoso
• Região? R: Curitiba/PR
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: No cotidiano do meu trabalho passei a ter contato com processos envolvendo crédito rural, percebi que ainda não havia muita doutrina e jurisprudência aprofundada na área, o que me instigou a direcionar meus estudos acadêmicos para o direito agrário.
• Há quanto tempo atua na área? R: Aproximadamente 13 anos.
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Sim, publiquei um artigo sobre impenhorabilidade da pequena propriedade rural, na obra coletiva “O Direito Agrário nos 30 anos da Constituição de 1988”, organizado pela UBAU. Também escrevi meus trabalhos de conclusão de curso de graduação em Direito e de Comunicação Empresarial e Institucional, bem como de pós-graduações com temas relacionados ao agro.
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: O mais complicado foi encontrar material de estudo e orientação acadêmica, pois nas instituições de ensino que frequentei não tinham oferta de disciplina ou professores especializados em direito agrário.
• E uma experiência gratificante? R: Ser nomeada secretária da Comissão Nacional das Mulheres Agraristas da UBAU e perceber que posso contribuir com o avanço do estudo do direito agrário e agrarismo.
• Por que se associou a UBAU? R: Estive no I Congresso Nacional de Direito Agrário promovido pela UBAU e outras instituições parceiras no RJ e o evento foi de altíssima qualidade, notei que a associação tinha muito a agregar ao meu conhecimento técnico-científico e de networking de profissionais da área.

• Nome? R: Julia Pedroni Batista Bastos.
• Região? R: Sudeste (ES).
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? Meu avô me ofereceu a gestão das propriedades rurais da família, mas eu queria continuar atuando na minha área de formação (Direito). Desta forma, vi a oportunidade de unir o Direito ao Agronegócio.
• Qual o seu envolvimento com o agronegócio? R: Além de ser sócia em escritório especializado no agronegócio, sou gestora das propriedades rurais da família que atualmente atuam na fruticultura, cafeicultura e pecuária.
• Há quanto tempo atua na área? R: 2 anos.
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Sim, escrevi o primeiro capítulo do livro “Direito aplicado ao Agronegócio: uma abordagem multidisciplinar” e outros artigos sobre o tema publicados no portal direitoagrario.com, revista safraes, entre outros.
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Conquistar o respeito e a confiança de parceiros, clientes ou colaboradores do sexo masculino.
• E uma experiência gratificante? R: Contar com o apoio do meu avô e família na sucessão dos negócios agrários.
• Por que se associou a UBAU? R: Ao conhecer o presidente e vice-presidente, Professores Darzy Zibetti e Albenir Querubini, me interessei pela paixão ao falarem do agrarismo. A UBAU represente a luta e o amor pelo Direito Agrário.

• Nome? R: Liliane Bertelli Imura Cisotto.
• Região? R: Boituva, interior de SP.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Me graduei na cidade de Sorocaba e depois fui para SP estudar direito empresarial, tributário, contabilidade e iniciar um mestrado em direito tributário na USP. Presto consultoria empresarial há mais de 10 anos e percebi a carência de um trabalho consultivo e contencioso de fomento no ramo do agro, com diálogo entre produtores e indústrias.
• Qual o seu envolvimento com o agronegócio? R: Atuo na CWSA Direito do Agronegócio, na área tributária.
• Por que se associou a UBAU? R: Além de advogada atuante, sou professora e percebi a viabilidade de crescimento de debates, novos congressos e a possibilidade de estudar o direito aplicado ao Agronegócio e sua interface com o direito empresarial e também no familiar.

• Nome? R: Milena de Almeida Bueno.
• Região? R: Passo Fundo, norte do Rio Grande do Sul.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Sou filha de agricultores, morei no campo até aos 17 anos, escolhi cursar direito por acreditar que podemos contribuir para um mundo mais justo e igualitário, meu desejo sempre foi levar conhecimento e oportunidades àqueles que não detêm o conhecimento técnico.

Ao iniciar minha caminhada como advogada comecei a traçar projetos que me oportunizassem a realização dos meus sonhos, como sempre tive uma ligação muito forte com a agricultura, meus clientes sempre foram pessoas relacionadas ao campo, com isso, tive a certeza que minha missão é trabalhar em prol dessa classe, que por vezes fica excluída, sofrendo os reflexos de um país onde as informações são destorcidas, onde quem produz e alimenta o mundo, caí no esquecimento.

Desenvolvi um projeto audacioso no escritório que trabalho, meu objetivo é transformá-lo em um escritório que trabalhe com seriedade com questões relacionadas somente com direito agrário e ambiental, primando por levar conhecimento e prevenção aos clientes agricultores e empresários do setor.

• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Uma das maiores dificuldades que enfrentei no início da carreira foi pelo fato de ser mulher e jovem, infelizmente, nossa cultura ainda é dominada pelo machismo e o olhar desconfiado com mulheres que “arremangam as mangas” e vão para um meio predominantemente masculino construir sua história.

Aos poucos estou conseguindo meu espaço, conquistando respeito de clientes e parceiros, já não sou mais vista com “a menina que está metendo-se no campo”, estou sendo reconhecida como uma profissional preparada para entregar aos produtores excelentes resultados.

• É uma experiência gratificante? R: Muito gratificante, pois muito de quem eu sou e dos meus objetivos são trazidos de casa, dos dias na fazenda, na preocupação com o clima, em saber que tudo o que se planta, depende de cuidado e amor para produzir, é assim na lavoura e é assim no direito.

Vejo que o projeto de criação de uma Comissão especial para Mulheres, que assim como eu, são apaixonadas pela agricultura, pelo campo, tem muito a contribuir para que mudanças importantes ocorram no cenário do agronegócio.

Hoje, meu maior desafio e meu desejo é poder contribuir ativamente para que mudanças ocorram, é a forma de realizar meu sonho de contribuir para a criação de um sistema mais justo e igualitário, aliado ao meu amor pelo direito e pela agricultura.

Como costumo dizer, meus pés, minhas raízes sempre estarão lá na minha terra, no meu chão, onde tudo floresce, onde o céu tem a cor do amor, onde o ar é contaminado pela força do trabalho de um povo que ama aquilo que faz.

• Por que se associou a UBAU? R: A participação na UBAU oportuniza que tenhamos propriedade para defender a bandeira do Agro em nossa região, que embora tenha uma força grande vinda da agricultura, percebe-se uma deficiência de profissionais capacitados.

• Nome? R: Naire Alves Fragoso Rei;
• Região? R: Norte – Belém/PA;
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Ingressei no curso de direito da Universidade Federal do Pará – UFPA muito nova, ainda com 17 anos. Recordo de não me encontrar em nenhuma das disciplinas da grade curricular. Até que, no 2º semestre de 2005 foi ofertada a disciplina de Direito Agrário. Apaixonei-me pela temática, tudo parecia mais palatável e se assemelhava com a minha realidade de filha de produtor rural e criada no interior do Estado. Daí pra frente, os acontecimentos profissionais se deram muito rápido. Em 2007, quatro meses após minha colação de grau, o Instituto de Terras do Estado do Pará – ITERPA estava selecionando advogado para ocupar uma vaga de assessoria da presidência; foram praticamente quatro anos de imersão no direito fundiário e conhecendo a realidade do estado. Os anos passados nessa autarquia fundiária foram essenciais para a profissional que me tornei, sobretudo por me possibilitar conhecer a fundo a tão peculiar realidade agrária do Estado do Pará, mas também pelo networking alcançado.
• Qual o envolvimento com o agronegócio? R: Nasci e cresci no interior do estado, precisamente no município de Altamira, onde meu pai e familiares são pecuaristas;
• Há quanto tempo atua na área? R: Há 13 anos, desde o ano de 2007;
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Tenho produção cientifica, todavia, mais voltadas ao direito ambiental;
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Uma proposta indecente por parte de um produtor rural durante um atendimento ainda no meu primeiro ano de trabalho (chorava e tremia até o último fio de cabelo). Depois dessa, fui ganhando confiança e jogo de cintura, apesar de, algumas vezes, saber que deixei de ser contratada em razão de ser mulher. No Brasil, o agronegócio ainda é uma atividade prioritariamente masculina, mas, nós mulheres, a cada dia, vamos ocupando nossos espaços e demonstrando que o sexo não define nossa capacidade profissional.
• É uma experiência gratificante? R: Extremamente! Pelo fato de eu conhecer a realidade do produtor rural, consigo abordar o direito de forma menos impessoal e formal. Nesses anos todos, posso dizer que muitos dos meus clientes tornaram-se inclusive amigos. É motivador quando um cliente recomenda e avaliza seu trabalho. Costumo dizer pros jovens advogados que devemos ter um diferencial, que muitas vezes não é só o conhecimento técnico, mas, sobretudo, o acolhimento que se dá àqueles que te procuram pra auxiliar em suas dificuldades.
• Por que se associou a UBAU? R: É uma instituição referência no direito agrário, cujos associados visam não só que expandir esse ramo como disciplina autônoma nas universidades, mas também ampliar o conhecimento científico, discutir/criar teses e disseminar conteúdo em prol da sociedade.

• Nome? R: Roberta Marques Bezerra Melo
• Região? R: Presidente Prudente/SP.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Através de um curso na Universidade em que me formei.
• Qual o envolvimento com o agronegócio? R: Sou produtora rural no ramo de semente de pastagem, soja, milho e pecuária.
• Há quanto tempo atua na área? R: Faz 30 anos como produtora.
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Ainda não, mas tenho projetos.
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Nossa! Dificuldades houveram várias, mas a maior que enfrentamos foi o amadorismo. Percebemos que precisávamos agregar valor aos nossos negócios com auxílio técnico de profissionais capacitados.
• E uma experiência gratificante? R: Diante das dificuldades, fui buscar conhecimento jurídico, por ser operadora do direito e saber que o conhecimento nessa área só iria acrescer em nossos negócios.

• Por que se associou a UBAU? R: A UBAU, foi um presente de Deus para minha vida, porque desde a pós-graduação em direito agrário, em Porto Alegre, passei a perceber que o direito agrário deveria ser uma matéria obrigatória nas faculdades de direito. E, através do convite do Vice-Presidente da UBAU Albenir Querubini, conheci o Dr. Darcy Zibetti, que considero uma enciclopédia viva do agrarismo brasileiro, isto me motivou a me filiar a UBAU. E de imediato fui convidada para ser assessora de marketing da UBAU e, logo depois, Presidente Nacional das Mulheres Agraristas da UBAU. Por isso reafirmo, a UBAU foi um presente de Deus na minha vida!

• Nome? R: Sibele Veremzuk Xavier.
• Região? R: Vacaria (Campos de Cima da Serra – Rio Grande do Sul) e, também, área Rural em São José dos Ausentes (RS) – Pecuária.
• Qual o seu envolvimento com o agronegócio? R: Em 2013 tive que assumir com meus irmãos, a administração da fazenda. Então comecei a cursar Agronomia na UCS (Universidade de Caxias do Sul). Meus pais receberam uma propriedade da família e depois compraram outra área rural (em São José dos Ausentes). Também já tive outras pessoas próximas que trabalhavam no agronegócio, com lavouras e pecuária.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Surgiu inicialmente com o Direito Ambiental. Durante a graduação lá nos idos de 1990, esse ramo do direito (ambiental) não era muito estudado e valorizado, sendo considerado um direito por vezes “alternativo”. Atuo na área ambiental desde 2013 e no Direito Agrário desde 2016 quando fiz uma pós graduação pelo I-Uma em Porto Alegre (RS). Estou estudando sobre sucessão e holdings familiares.
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Percebo que há resistência quanto à advocacia feminina em cidade do interior, pois são valorizados os advogados mais antigos e homens. Além do mais, a atuação costuma ser mais generalista, sem prestigiar tanto àqueles que possuem especializações.
• E uma experiência gratificante? R: Encontrar no agro a valorização profissional e como mulher quando fui convidada a participar da CNMAU. Sinto que a situação passou a mudar a partir do meu posicionamento, em assumir minha condição profissional e feminina no agronegócio.
• Por que se associou a UBAU? R: A UBAU é a porta de entrada no agrarismo e referência em ineditismo, inovação e coragem.

• Nome? R: Thamiris Bott Buzatti.
• Região? R: São José do Rio Preto- interior de SP.
• Como surgiu o interesse em trabalhar com direito agrário? R: Venho de família que trabalha com o agronegócio. Sempre gostei muito do setor, reconhecendo sua importância para nosso país e para o mundo! Vivenciando as dificuldades enfrentadas pelos produtores, resolvi me especializar no setor para poder auxiliá-los no que preciso for.
• Qual o seu envolvimento com o agronegócio? R: Eu diretamente não, mas minha família sim. Meu pai é produtor de laranja e soja; meu avô possui uma micro empresa que beneficia mandioca; meu padrasto trabalha com pecuária de leite; minha tia com horticultura; e, por fim, meu namorado é produtor de cana, soja e amendoim. Estou cercada pelo agronegócio em seus mais diversos ramos!
• Há quanto tempo atua na área? R: Em 2016 comecei a advogar e a me interessar pelo setor, mas foi em 2017 que consolidei a ideia e comecei a estudar mais sobre o agronegócio e atuar na área.
• Tem produção científica sobre direito agrário? R: Em breve será publicado meu artigo da pós-graduação sobre: “Defensivos agrícolas: da necessidade ao uso consciente.”
• Qual dificuldade teve na área do agronegócio? R: Trata-se de um setor muito importante, mas ainda carente de muitas informações. Eu como mulher e uma jovem profissional percebo que existe um certo preconceito, mas acredito que as barreiras vão se quebrando e nosso trabalho vai se solidificando, pouco a pouco.
• E uma experiência gratificante? R: O que me motiva e me proporciona gratidão no trabalho é poder mostrar o melhor caminho para o meu cliente, esclarecer seus direitos e levar as informações de modo preciso, para que não sofra prejuízos e possa economizar em situações que ele nem sabia ser possível! E ter a confiança do cliente!
• Por que se associou a UBAU? R: Fui convidada por um grande profissional Dr. Albenir Querubini. E achei que seria importante me associar e estar lado de profissionais de excelência, como os quais participam da UBAU.